domingo, 23 de setembro de 2012

Usando cálculo mental



A expressão “cálculo mental” pode ser entendida em contraposição ao cálculo que se realiza usando lápis e papel (ou seja, seria o cálculo feito integralmente “de cabeça”), mas também pode ser entendida como cálculo rápido, ágil. Na verdade, ao nos referirmos a “cálculo mental”, não estamos usando nenhuma dessas duas acepções do termo e sim ao cálculo que se faz sem seguir um algoritmo único, pré-determinado. Trata-se de um cálculo que se faz escolhendo a melhor estratégia, de acordo com os números envolvidos na operação, e que pode inclusive contar com apoio escrito. Os procedimentos usados se fundamentam nas propriedades das operações e no sistema de numeração, de modo que sua utilização também contribui para a ampliação da compreensão de tais conteúdos. Estamos falando de um “cálculo pensado”, em oposição a um “cálculo automatizado”.
O cálculo mental se torna mais e mais eficiente, na medida em que o aluno amplie os cálculos automatizados (memorizados) que tem disponíveis e sobre os quais não precise refletir. O que é pensado em um determinado momento da escolarização, passa a ser instrumento em uso, em outra etapa e assim sucessivamente. Nesse sentido, a tabuada, por exemplo, deve ser compreendida, construída junto com os alunos, ter suas características e regularidades exploradas, mas, em etapa posterior, precisa ser efetivamente memorizada, para passar a ser usada como recurso para outros cálculos.
Em síntese, é importante que o trabalho com cálculo mental considere dois tipos de atividades, que ocorram simultaneamente: aquelas que visam à memorização de um repertório de cálculos, que serão usados em outros mais complexos, e aquelas que visam à aprendizagem de cálculos pensados, através de um processo de construção, compreensão e comparação de diferentes procedimentos usados pelos alunos.

Vantagens do cálculo mental     

Ao calcular mentalmente, o aluno pode perceber que há diferentes caminhos na resolução de um mesmo problema. É pelo recurso ao cálculo mental que ele também aprende a realizar estimativas (perante a indicação de uma operação, imaginar um resultado aproximado) e perceber as propriedades das operações.
        O desenvolvimento do cálculo mental é uma forma de se desenvolver a comunicação matemática na sala de aula, bem como o raciocínio matemático dos nossos alunos.
Finalmente, o cálculo mental permite um aprofundamento dos números, das operações e das relações entre as operações.

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